Hospital Regional de Alta Floresta registra “zero” infecção hospitalar
A unidade é gerenciada pela Bone Medicina. De acordo com a analista de qualidade da empresa, Vanessa Martins, o efeito é um dos indicadores de qualidade. Isso porque, pontua, as infecções hospitalares são manifestações que se apresentam a partir de 72 horas após a admissão do paciente, em casos onde não há evidências clínicas ou dados laboratoriais que apontem que ela já existia no momento da internação.
“Elas estão relacionadas à assistência em saúde. O Ministério da Saúde revelou que a taxa de infecção hospitalar atinge 14% das internações no Brasil e representa um aumento exponencial no tempo de hospitalização, aumento do custo da internação, além das complicações clínicas e óbitos”, explica a analista. Agora, os esforços estão sendo empenhados para que o atual quadro de controle seja mantido.
Para atingir esse cenário, a gestão implantou no Hospital Regional uma série de medidas, que se tornaram rotineiras, como remanejamentos de fluxo interno, adequação das áreas de convivência e descanso dos trabalhadores, principalmente no contexto do Covid-19.
Além disso, treinamentos periódicos com a equipe assistencial foram realizados, sempre reforçando a necessidade de atendimento com foco em higienização e segurança como lavagem das mãos, transporte de material biológico, manejo do paciente, bem como adaptação de todos os protocolos clínicos de acordo com a demanda institucional, conforme explica a gestora.
A Bone deu ainda agilidade às ações de assistências ao setor. Mas para isso foi necessário realizar análises críticas dos dados e criar planos de atuação, que registrassem os resultados obtidos com as melhorias contínuas. Houve também um intenso monitoramento quanto ao uso de EPIs (equipamentos de proteção individual), NR-32 e classificação de risco.
A coordenadora administrativa da Unidade de Terapia Intensiva, Débora Cristina Palavro, pontua que é disponibilizado aos familiares internados na unidade um boletim diário por cada paciente, onde é apontado toda a evolução médica. Com isso, nesse período, foram emitidos um total de 300 documentos do tipo, com a realização de vinte visitas médicas diariamente.
No período, as visitas presenciais foram suspensas e foi criado um protocolo de visita remota. Todas as famílias dos internados recebiam ligações duas vezes por dia, para que pudessem ser repassadas informações sobre o estado clínico individualizado. Em casos onde o paciente possuía condições de se comunicar, foram realizadas chamadas de vídeo.
“As famílias foram assistidas pela equipe de psicologia, assistência social e pelos médicos da unidade. Durante todo o período de pandemia, a coordenação técnica e clínica e o setor de qualidade realizaram reuniões periódicas e rounds médicos para estabelecer planos de ação, discussão de casos clínicos e analisar os indicadores. Tudo isso para chegarmos nesse patamar”, comemora.
A unidade presta serviços em diversas especialidades médicas e atende, por mês, cerca de quatro mil pacientes. Realiza também atendimento de urgência e emergência, diagnóstico e terapia, maternidade, cirurgias eletivas, tratamento clínico geral e especializado. Os serviços oferecidos para atendimento de urgência e emergência são apoiados com estrutura de diagnóstico 24h em radiologia e patologia clínica.